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domingo, 22 de abril de 2012

MEDA DAU DOKA

Ou "God Bless Fiji" é o refrão do Hino Nacional da República de Fiji (em fijiano: Mataniku ko Viti), país insular da Oceania, que faz fronteira marítima com Tuvalu e com o território francês de Wallis e Futuna ao norte, com Tonga a leste, e com o território francês da Nova Caledônia, com Vanuatu e com as Ilhas Salomão a oeste. A sul, a terra mais próxima corresponde às ilhas neozelandesas de Kermadec, mas estas ficam bem distantes (fonte: wikipedia).
Uma viagem a Fiji não é uma viagem qualquer. Para começar, é um pouco complicado chegar até lá e não raras vezes você precisará de uma logística e tanto. Primeiro, tem a questão do fuso. Se você estiver partindo dos Estados Unidos, deverá considerar que necessariamente atravessará a Linha Internacional de Mudança de Data, a qual nada mais é que um marco imaginário que, por convenção internacional, muda a data civil da Terra. No meu caso, parti de Honolulu em uma sexta-feira de manhã e, após poucas horas de voo, aterrissei em Nadi quando já era sábado à tarde. É como seu eu tivesse "envelhecido" um dia na minha ida. Felizmente, retornei à minha idade real quando voei de volta aos Estados Unidos cerca de doze dias depois.
Mas não só. Você deverá ter em mente exatamente o que deseja em Fiji, pois a mobilidade ali não é muito fácil. A ilha principal de Fiji chama-se Viti Levu, onde se localiza a Capital, Suva, e também a cidade de Nadi, onde chega a maior parte dos voos internacionais. Por incrível que pareça, estas cidades ficam em exatos dois opostos da ilha, motivo pelo qual nem cheguei a ir até a Capital.
Esta ilha central possui uma área geográfica infinitamente maior que as dezenas de arquipélagos e suas pequenas ilhas que a contornam. Não é, porém, paradisíaca, o que significa dizer que você deverá escolher um grupo de ilhas do seu interesse e para lá se encaminhar.
Como eu havia reservado um bom período para este País, dividi minha estada em dois locais completamente distintos. Fiquei cinco dias no Robinson Crusoe Island Resort, que fica numa pequena ilha em Natadola Beach, e cinco dias no Blue Lagoon Beach Resort, numa super distante ilhazinha no Yasawas Group. Além disso, passei a primeira e a última noite em Nadi, no Smugglers Cove Beach Resort.
Explico melhor. Quando você chega a Nadi, deverá pernoitar em algum dos hotéis próximos ao aeroporto. E isto porque todo o transporte para os locais de maior interesse sai no período da manhã, o que significa dizer que você deverá estar pronta para partir antes das oito. Não importando, pois, seu horário de desembarque em Fiji, tenha já sua reserva feita em hotel próximo ao aeroporto. Em quase todos estes hotéis de chegada há programações noturnas, que incluem música local e a cerimônia de Kava. O Smugglers é um hotel simples, mas que atende bem a sua finalidade. Além disso, possui um serviço gratuito para apanhá-la no aeroporto, onde, aliás, você já deverá fazer o câmbio de seus dólares americanos para dólares fijianos. Lembre-se que você terá contato com vilarejos locais e que muitos serviços e produtos só aceitam mesmo a moeda dali. Nos hotéis, porém, você paga com cartão de crédito sem problemas.
Neste primeiro dia em Fiji, é bom que você se acostume com duas palavras locais que vai ouvir a cada cinco minutos. A primeira é "Bula". "Bula" é uma expressão usada para dizer olá, bem-vindo, saúde, vida. E quando alguém se dirigir a você num alegre "Bula!", responda de igual maneira. É a maneira mais delicada  e apropriada de se comunicar com os fijianos.
A segunda palavra é "Vinaka", que significa obrigado. Estando em um país completamente diferente do seu, é de bom tom que sua interação seja feita desta maneira, embora todos ali falem inglês fluentemente. Seguindo estas regrinhas, você começará muito bem a sua experiência.
Fiji é exótica, tranquila e intrigante. Seu povo é extremamente bem humorado e receptivo. E isso não acontece porque você está ali na qualidade de turista. Eles são realmente assim. 
Se você for uma pessoa totalmente urbana e consumista, não recomendo que vá a Fiji. Mas se você quiser estar em meio à natureza exuberante e à simplicidade da vida, posso dizer que ali é o seu lugar. E, para isso, pouco importa que você esteja em um hotel "budget" ou num "five star resort". Em Fiji você será sempre bem recebida, pois os fijianos, como pessoas abençoadas que são, não fazem distinções com relação à sua capacidade econômica, idade, sexo, raça, propósito ou intenções. Eles se dedicam ao contentamento dos seus visitantes de forma irrestrita e não desejam nada em troca. Eles conhecem a beleza que têm ao seu redor e manifestam profundo respeito por sua casa. Eles temem a Deus e amam os seres humanos. 
Os fijianos são especiais e felizes como ninguém. São devotos da liberdade, da natureza e de sua fé. E, com orgulho, assim entoam seu hino: "For Fiji, ever Fiji, let our voices ring with pride, her name hail far and wide, a land of freedom, hope and glory, to endure what ever befall. May God bless Fiji, forever more!". Bula forever.