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domingo, 5 de fevereiro de 2012

O ENGENHEIRO MAIS BONITO DA ALEMANHA

Considero que o segundo dia em Los Angeles é o ideal para adquirir um city tour pela cidade para que você se oriente e conheça os melhores pontos. E isto vale, obviamente, mesmo que você tenha um carro à sua disposição, porque algumas explicações de um experiente guia são insubstituíveis. Normalmente, os hotéis encontram-se aptos a indicar alguma empresa que preste este tipo de serviço e, pelo que pude comparar, todas elas trabalham de maneira muito similar e a um preço bastante assemelhado.
O hotel em que me hospedei (Marina Del Rey Hotel) indicou uma empresa chamada Vip Tours e, pelo valor de US$79.00, adquiri um passeio pelos principais e tradicionais pontos turísticos da cidade, além de incluir um giro pelas casas das celebridades, especialmente nos bairros de Bel Air e Beverly Hills.
Nove horas da manha, pontualmente, um motorista veio me buscar e me levou até o escritório central, que fica bem perto do aeroporto. Neste local, você paga pelo tour que escolher e se encaminha para o ônibus correto. Por volta das dez horas, entrei no meu ônibus, no qual estavam dois casais de australianos, barulhentos e mal educados, e uma médica e sua filha adolescente, estas duas de Dakota do Sul. Sem muita afinidade com estas pessoas, sentei no último banco do coletivo e seguimos em frente.
Qual não foi minha surpresa, porém, quando, cerca de vinte minutos depois, subiu ao ônibus, atrasado, um engenheiro alemão chamado Alexsander, que, além de lindo, simpático e inteligente, era também muito divertido, o que pode ser considerado mais ou menos esperado para uma pessoa de 28 anos que viajava sozinha há dois meses pelo mundo afora. Ele foi meu companheiro de viagem naquele dia inteiro e, mesmo quando o tour terminou, continuamos circulando juntos até quando ele se encaminhou para seu hostel, em Venice Beach.
Na verdade, o passeio com Alexsander ficou ainda melhor quando o vi irritado com o nosso motorista que, além de estar na casa de seus oitenta anos, era completamente surdo (minha teoria é que ele se fazia de surdo para nao ter que achar graça das piadas infames dos australianos) e não respondia a nenhuma pergunta de Alexsander.
De todo modo, rimos muito por todo o percurso, inclusive quando paramos para almoçar no Farmers Market, que é um local sensacional. Há comida de todos os tipos, frutas maravilhosas, e fica bem ao lado do The Grove, boulevard imperdível, com uma estátua gigante de M&M's.
Após percorrer o clássico roteiro de LA (Venice Beach, Avenue of the Stars, Bel Air, Beverly Hills, Rodeo Drive, Sunset Street, Farmer's Market, The Grove, Hollywood, Mann's Chinese Theatre, Walk of Fame & The Kodak Theatre the home of the Oscars), eu e meu novo amigo fomos ao Santa Monica Pier e assistimos a um maravilhoso por do sol ao som de jazz tocado por um músico de rua. E comemos o melhor camarão do mundo no Bubba Gump Shrimp Co.
Foi um dia extraordinário junto a meu amigo loiro, de olhos azuis, bronzeado e com largo sorriso do alto de seus 1,80 m de altura. Alexsander era tão lindo que as pessoas paravam na rua para falar com ele. Confesso que o assédio inesperado me deixou um pouco constrangida. Mas, por outro lado, ele era tão doce e gentil, que até isso foi agradável. 
No final do dia, fazendo um balanço de tudo, agradeci a todos os deuses do mundo e, em especial a Olimpo, por ter colocado o engenheiro mais bonito da Alemanha no meu caminho, ao menos por uma tarde. E, caso você não tenha reparado, este fato faz todo o sentido quando você considera que, ao menos por aqui, Los Angeles é mesmo conhecida como a cidade dos anjos. E dos milagres, se você me permite acrescentar...

(pier de Santa Monica, Los Angeles, USA - foto extraida de http://www.coastal.ca.gov/)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

CALIFORNIA DREAMIN'

Em primeiro lugar, apresento minhas sinceras desculpas pelo "delay" em relatar esta minha  nova jornada. E desculpo-me tambe'm pela dificuldade em manejar os teclados daqui, que nao estao configurados para a li'ngua portuguesa. Como nao sei mudar o modo de uso (e o que tambe'm nao seria nem um pouco conveniente aos "business centers" que pretendo utilizar), conto com a boa vontade das minhas amigas em ler o blog com milhares de erros ortogra'ficos, os quais irei corrigir quando voltar ao Brasil. Cheguei em Los Angeles no domingo pela hora do almoco, apo's conexao feita em Chicago, onde tive o prazer de conhecer, ainda no aeroporto, um simpa'tico afro-descendente de seus sessenta e poucos anos, que retornava para sua cidade natal nos arredores do meu destino. Conversamos bastante e ele me contou que frequentava uma igreja gospel, o que nao deixou de ser muito interessante, na medida em que, ao nos despedirmos, ele me abencoou para esta viagem. Isto foi um o'timo comeco, haja vista que, por mais experiente que voce possa ser, os bons fluidos de uma prece sempre sao muiti'ssimo bem vindos.
Apo's suave aterrissagem, peguei o "shuttle" da Avis ate' o local designado para retirar o vei'culo. Eu ja' tinha minha reserva, mas, com US$5.00 adicionais ao dia, fiz um "up grade" e peguei um Mitsubishi Galant branco zero quilometro com GPS, dispositivo este que se mostrou absolutamente imprescindi'vel aqui na Califo'rnia. Em cinco minutos, eu ja' estava perfeitamente ambientada com meu carro e segui, tranquilamente,  para o Marina Del Rey Hotel, que constatei haver sido uma excelente opcao, considerada a tarifa conseguida atrave's do  Priceline, tal seja US$98.00 a dia'ria, mais as taxas incidentes. A a'rea litoranea e' realmente a melhor para sua hospedagem em LA, sendo que, se Marina Del Rey nao e' agitada como Santa Monica, o custo-benefi'cio faz dela uma escolha bastante vantajosa.
Depois do merecido banho, segui de carro ate' Venice Beach, que fica a menos de cinco minutos em condicoes normais de tr'afego. Amiga, se voce for a LA, va' a Venice Beach. E se voce for a Venice Beach, va' em um domingo, como eu fiz.
Tradicional "point" alternativo de LA, esta praia, ale'm de muito bonita, apresenta atrativos que voce nao encontra em nenhum outro lugar. Patinadores, grafiteiros, skatistas, artistas, tatuadores, malabaristas, gente praticando musculacao no meio da rua, tudo isso voce encontra por ali, na praia ou no calcadao. Voce tambe'm vera' ativistas em prol da liberacao da "marijuana", com cartazes e placas, circulando livres e felizes, sem serem incomodados por quem quer que seja.
Como a praia estava lotada, deixei o carro no estacionamento oficial, ao custo de US$9.00. Lembre-se, pore'm, que, encontrando vaga na rua, voce pode estacionar usando aqueles famosos parqui'metros, que hoje aceitam ate' mesmo cartao de cre'dito. Depois de rodar a pe' por mais de tres horas e de ter a experiencia de ajudar um grafiteito a pintar um muro, voltei para o hotel para meu justo descanso.
Foi uma experencia muito diferente e marcante para o primeiro dia de viagem. So' faco a voce, entretanto, uma u'nica advertencia. Se voce nao quiser ouvir, por meses a fio, a ladainha de que Venice Beach e' o verdadeiro parai'so da face da Terra, jamais leve seu filho adolescente ate' este destino. See you very soon!!!

(skatista em Venice Beach, Los Angeles, USA - foto extrai'da de http://www.yovenice.com/)

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

STATUS: ADRENALINA PURA

Sou tão paulistana que nasci a um quarteirão da Avenida Paulista, na Maternidade Pro Matre. Mas no dia de hoje, aniversário de São Paulo, e por mais que eu tenha tentado, não consegui dedicar nem mesmo um pequeno post a esta maravilhosa Terra da Garoa que eu amo tanto e a quem apresento minha solenes desculpas. Tenho certeza, porém, que ela vai me entender e me perdoar: daqui a exatos três dias, sigo em viagem pelo período de um mês e minha cabeça está totalmente pilhada, pensando em todas as coisas que eu ainda tenho que fazer e programar.
Embora eu não possa ser considerada uma viajante novata, saiba que também eu fico a mil neste período pré-viagem, revisando tudo e checando os últimos detalhes. E programar esta viagem foi bastante trabalhoso, como você verá a seguir. Em primeiro lugar, defini meu roteiro, que consiste em três rotas totalmente autônomas e às quais acrescentei um adendo no final. E depois passei à montagem propriamente dita.  O primeiro trecho parte de Los Angeles e termina em São Francisco. Como pretendo ir também a Las Vegas, que fica fora da rota, optei por deixar meu carro em LA e adquirir um pacote de ônibus/hotel em Vegas na Starline Tours, pois achei que seria cansativo viajar sozinha pelo deserto por cerca de 5 horas em cada trecho. Voltando, aí sim, retomo meu carro e sigo pela Highway 1 sentido Norte. Graças aos blogs de viagem que leio frequentemente, tomei conhecimento de que vou ter que retornar para o Sul na altura de Carmel para poder visitar Big Sur, já que uma parte da pista foi interditada esta semana devido às chuvas e não há previsão de conclusão das obras. A segunda parte da viagem começa em São Francisco, de onde sigo para o Havaí. Neste Estado, visitarei três ilhas, sendo que, de Oahu e Maui, você necessariamente tem que pegar um voo local, de cerca de 35 minutos. A melhor tarifa que encontrei foi a da Go. Em Honolulu e Maui, aluguei carro também. Por fim, o terceiro trecho da viagem começará em Honolulu, para onde retorno de Maui, e terminará em Nadi, Fiji Islands. Farei este trecho com a Qantas, que é a melhor opção, embora o voo não seja direto. Tenho uma parada em Auckland, na Nova Zelândia, por cerca de três horas. Mas digo que é a melhor opção, pois de Nadi, na volta, sigo diretamente a Los Angeles, de onde retorno a São Paulo. Por fim, como tenho dois dias antes de finalizar a viagem (e este é o trecho-bônus), darei uma chegada em San Diego, passando pelas praias em sentido Sul.
O experiente jornalista, viajante e blogueiro Ricardo Freire (Viaje Na Viagem) sempre comenta que, por mais mochileiro que você possa ser, é necessário fazer reservas de hotéis com antecedência, salvo se você quiser pagar muito mais caro na hora do "check in", isso se você tiver a sorte de conseguir lugar na região que deseja. E, seguindo esta lição valiosa, já fiz as reservas de todos os hotéis, contabilizando três na Califórnia (deixei alguns dias em branco no percurso costeiro ao Norte e ao Sul, porque preciso ver como estará o acesso - mas farei a reserva mesmo assim, só que uns dois antes antes), um hotel em Las Vegas, dois no Havaí e três em Fiji Islands. E isto é bastante coisa, acredite. Estou feliz que eu tenha conseguido fechar tudo o que eu programei.
Agora falta muito pouco para embarcar. Amanhã contrato meu seguro-viagem, finalizo a questão do dinheiro, checo minha documentação e organizo todos os meus papéis impressos, que seguem comigo na forma de roteiro com os respectivos números das reservas. Depois, é só tentar dormir bem nas duas últimas noites para chegar inteira após o voo.
Amiga viajante, acompanhe comigo esta jornada, que certamente será maravilhosa. Faço questão de compartilhar com você todos os detalhes desta incrível viagem. E tenha certeza de que, se estivermos conectadas por aqui, aí é que será impossível mesmo eu me sentir sozinha.

(Big Sur Waterfall, Califórnia, USA, - foto extraída de http://www.bigsurcalifornia.org/)